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Hospitais deverão ter equipamentos para atender pessoas com deficiência

Proposta de autoria do senador Paulo Paim aprimora o Estatuto da Pessoa com Deficiência para obrigar hospitais e estabelecimentos de saúde a disporem dos materiais adequados para o atendimento dessa parcela da população

Alessandro Dantas

Hospitais deverão ter equipamentos para atender pessoas com deficiência

Projeto de Paulo Paim, relatada por Teresa Leitão, segue para análise da Câmara dos Deputados

Hospitais e estabelecimentos de saúde de médio e grande porte serão obrigados ter equipamentos adequados para o atendimento de pessoas com deficiência. Isso é o que determina o Projeto de Lei (PL 3692/2019), de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovado nesta quarta-feira (2/8) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

O texto, relatado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), determina que hospitais e estabelecimentos de saúde deverão manter equipamentos, aparelhos, instrumentos de medição e materiais adequados à assistência a pessoas com deficiência. Para isso, a proposta altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015). A regra, de acordo com a medida, determina a entrada em vigor um ano após a data de sanção da futura lei.

O senador Paulo Paim, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), lembra que o Estatuto da Pessoa com Deficiência trata da acessibilidade nos espaços dos serviços de saúde. No entanto, ele pondera, a lei “se refere apenas aos aspectos arquitetônicos, à ambientação e à comunicação, não trazendo nenhuma exigência quanto à aparelhagem e aos equipamentos utilizados nos estabelecimentos de saúde”.

Em muitos casos, segundo Paim, isso impede que a pessoa com deficiência receba atendimento adequado à sua condição.

Para a senadora Teresa Leitão, a garantia de atendimento com equipamentos adequados faz parte da realização dos princípios constitucionais da universalidade e da integralidade da saúde.

“A inexistência do instrumental adequado para a realização de exames e procedimentos em pessoas com deficiência, na prática, reduz o arsenal diagnóstico e terapêutico necessário para a proteção da saúde dessas pessoas, acarretando uma inaceitável desigualdade em relação a quem não tem deficiência”, destacou.

Como foi aprovado em decisão terminativa, a proposta segue direto para análise da Câmara dos Deputados.

Com informações da Agência Senado

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