Ricardo Stuckert

Na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23/9), o presidente Lula destacou o difícil momento enfrentado pelo multilateralismo, os ataques à autoridade da própria ONU diante de autocracias que ganham espaço pelo mundo e salientou que o autoritarismo ganha força quando há omissão diante de arbitrariedades.
Mas o caminho tomado pelo Brasil é justamente outro. Lula exaltou, no discurso considerado histórico pelos senadores do PT, que o Brasil continuará no caminho da defesa intransigente da democracia, de sua soberania e no combate à única guerra que o país trava: contra a fome.
Rogério Carvalho (PT-SE), líder do governo Lula no Senado, enfatizou que o presidente Lula mostra que o Brasil volta a liderar o mundo com coragem.
“A fala do presidente Lula na ONU foi histórica. Defendeu a democracia, repudiou o autoritarismo, reafirmou nossa soberania e condenou o uso da fome como arma de guerra contra o povo palestino. É assim que o Brasil volta a liderar o mundo com coragem e humanidade”, disse.
A senadora Augusta Brito (CE), líder do PT no Senado, foi na mesma linha destacando o firme discurso do presidente Lula em defesa do multilateralismo e da soberania do Brasil.
“Em sua fala ele colocou no centro da agenda internacional a busca por paz em Israel e Gaza e a urgência de regular as plataformas digitais para proteger nossa democracia e a vida pública. O Brasil reafirma, assim, seu compromisso com o diálogo, os direitos humanos e a defesa das instituições.”
O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou a reafirmação da soberania nacional feita pelo presidente brasileiro diante do mundo. Altivo e absolutamente firme, o presidente Lula, afirmou o senador, foi gigante na defesa do país e contra os traidores da Pátria.
“O discurso de Lula na abertura da Assembleia-Geral da ONU foi histórico. O que vimos foi um grande estadista defender, de maneira firme, a soberania brasileira e dizer que, aqui, não aceitamos descabidas interferências externas.”
“Com o presidente Lula, a democracia e a soberania brasileiras são defendidas e o mundo aplaude o Brasil na Assembleia Geral da ONU”, resumiu a senadora Teresa Leitão (PT-PE).
Para o senador Jaques Wagner (PT-BA), o Brasil mostrou ao mundo a força de suas instituições ao não aceitar interferências externas e punir exemplarmente aqueles que ousaram tramar um golpe de Estado.
“O nosso presidente Lula foi aplaudido ao abrir a Assembleia-Geral da ONU e dizer que a nossa soberania é inegociável! Ao não aceitar interferências externas e punir quem tentou um golpe de Estado, o Brasil dá uma aula ao mundo e mostra a força das instituições democráticas. Democracia sempre.”
O líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), resumiu o discurso do presidente Lula como “diplomático, democrático e firme na defesa do seu povo”.
“Assim foi o discurso histórico do Presidente Lula na Assembleia Geral da ONU, onde ele deixou claro: a democracia e a soberania do Brasil são inegociáveis.”
Mundo conhecerá realidade da Amazônia
O presidente Lula classificou, durante seu discurso, a realização da COP30, na cidade de Belém, em novembro. De acordo com o representante brasileiro, essa será “a COP da verdade”.
“Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado”, advertiu.
O senador Beto Faro (PT-PA) afirmou que o presidente mostrou firmeza e responsabilidade global em sua manifestação.
“O discurso de Lula é um recado para o mundo e uma inspiração para todos que acreditam na justiça social, na paz e no desenvolvimento sustentável. Nosso país se reafirma como líder global e como exemplo de compromisso com a paz, o diálogo e a cooperação internacional.”
O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, Fabiano Contarato (PT-ES), disse que o presidente Lula foi “certeiro” em seu discurso.
“Lula apontou para os verdadeiros desafios globais, como a emergência ambiental. A COP30 é a oportunidade histórica que a humanidade espera de nós para construirmos um futuro mais justo, sustentável e solidário. Temos todos que estar à altura desse chamado”, afirmou.
Críticas ao genocídio em Gaza
Lula aproveitou a oportunidade para criticar a situação vivida pela população palestina na Faixa de Gaza. O presidente alertou que “nada justifica o genocídio em curso”.
“Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente. Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo”, disse o presidente.
O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou que o presidente “Lula trabalha pela paz mundial e pela autodeterminação dos povos”.
Na quarta-feira (17/9), segundo informaram as autoridades de saúde do território palestino, o número de palestinos mortos na Faixa de Gaza subiu para 65.062, com 165.697 feridos, desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro de 2023.
Lula ainda lamentou, em seu discurso, o fato de o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ter tido seu visto revogado pelo governo dos Estados Unidos, impedindo-o de participar de Assembleia Geral da ONU.