Reação pífia

Pacote econômico de Guedes insiste em políticas fracassadas

Anúncio do pacote econômico feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, não representa injeção de dinheiro novo na economia, deixa de fora a população mais vulnerável e insiste em políticas fracassadas, alerta Humberto Costa
Pacote econômico de Guedes insiste em políticas fracassadas

Foto: Alessandro Dantas

A pífia e retardada reação do governo brasileiro aos efeitos do coronavírus não só na saúde pública, como também nas áreas econômica e social, levou o senador Humberto Costa (PT-PE) a cobrar, nessa terça-feira (17), medidas eficazes contra a crise, principalmente em relação aos mais pobres.

Para o senador, o anúncio do pacote econômico feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, não representa injeção de dinheiro novo na economia do país, deixa de fora a população mais vulnerável e insiste em políticas fracassadas diante de um quadro mundial negativo, como as privatizações.

“Estamos assistindo a um espetáculo de ineficiência e mau exemplo. O presidente nem respeitar as regras sanitárias respeita. E o ministro acha que privatizar empresas públicas, agora, vai resolver os problemas do Brasil. O que precisamos é de medidas concretas, como derrubar, mesmo que temporariamente, a emenda constitucional do teto de gastos, para ser possível retomar obras paralisas e utilizar R$ 10 bilhões na saúde imediatamente”, declarou.

Humberto entende que o pacote de Guedes apenas antecipa pagamentos já previstos e anuncia recursos que pertencem ao próprio trabalhador, como o 13º salário e o FGTS. Ele lembrou que as iniciativas já estavam previstas para o decorrer do ano, como a liberação do 13º a aposentados e pensionistas no meio do ano.

“O ministro também falou em reincorporar um milhão de pessoas que foram retiradas sem explicação – e de forma perversa – do Bolsa Família no ano passado. O problema é que há cerca de 3,5 milhões de famílias ao todo que se encaixam no perfil do programa e deveriam estar sendo contempladas. O que o governo pretende oferecer a elas? Qual a proposta? Não há”, criticou.

O parlamentar ressaltou que o mercado de trabalho do país vive uma situação estarrecedora: 40% dos brasileiros estão desempregados, trabalham de maneira informal ou de forma precária, como os motoristas de Uber e motoboys e ciclistas do Ifood, que não dispõem de nenhuma proteção social e não têm vínculo empregatício.

“Não há absolutamente nenhuma medida do governo para atender a essas demandas. Precisamos, urgentemente, derrubar o teto dos gastos para que possamos retomar, por exemplo, as milhares de obras paralisadas no país e empregar um grande contingente de brasileiros. A iniciativa ainda resultaria na abertura de recursos para a saúde”, reiterou.

Confira a íntegra da matéria

To top