Desigualdade Social

Paim defende fim do corte de direitos para tirar País da crise

Senador pede fim das políticas de retiradas de direitos que promovem estagnação econômica e social
Paim defende fim do corte de direitos para tirar País da crise

Foto: Alessandro Dantas

O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, nesta sexta-feira (27), dados do Cadastro Único do governo federal que aponta a existência de 13,2 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza no País, ou seja, sobrevivem com menos de R$ 90 mensais.

De acordo com o Cadastro Único, a região Nordeste é a que apresenta os piores índices. Mas foi no estado de São Paulo onde a extrema pobreza mais cresceu nos últimos sete anos: 40%. De 2018 para 2019, o índice de aumento da extrema pobreza foi maior em Roraima, com 10,5%; e no Rio de Janeiro, com 10,4%, enquanto a média nacional foi de 4,4%.

Na avaliação do senador, o Brasil precisa dar um basta nas políticas de austeridade e retiradas de direitos intensificadas após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e iniciar um processo de fomento e construção de oportunidades.

“O País tem que construir, oportunizar. Não pode continuar nessa linha em que o desemprego está aumentando, e também diminuindo direitos sociais e trabalhistas. O próprio Governo admite que a reforma da previdência, sozinha, não é a salvação da lavoura”, disse o senador, lembrando que a reforma trabalhista realizada pelo governo Michel Temer não criou os empregos formais prometidos.

“[A reforma trabalhista] aumentou a informalidade não criou mais empregos formais, aumentou a informalidade e o trabalho intermitente. Temos de discutir como trazer esses mais de 13 milhões de brasileiros de volta à dignidade, como colocá-los no mercado de trabalho”, apontou.

O senador ainda destacou estudo realizado pela professora de Ciência Política, Maria Hermínia Tavares de Almeida, no qual mostra que 1% da população mais rica do Brasil se apropria de mais de um quarto de toda a renda total do País.

“Cerca de 1,4 milhão de brasileiros abocanham, aproximadamente, o mesmo naco de riqueza nacional que os 102 milhões de mais pobres. A estagnação e o congelamento não interessam a ninguém, a partir de uma verdadeira concertação social, política e econômica, é preciso o diálogo, é preciso a conciliação”, afirmou.

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