“Vou me sentir plenamente contemplado, vou sentir |
O senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a cobrar, nesta quarta-feira (25), a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 349/2001) do voto aberto no Legislativo, já apreciada pela Câmara dos Deputados e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que tem votação prevista, em segundo turno, para a próxima semana no plenário da Casa. Ele anunciou, inclusive, que poderá retirar sua própria emenda constitucional da pauta caso perceba um movimento que inviabilize o fim do voto secreto. Paim, que é autor da PEC 20/2013, defendeu a proposta 349, já que ela se encontra em estágio mais avançado de tramitação.
“O que eu quero, e vou-me sentir plenamente contemplado, vou sentir que o sonho se tornou realidade, se votarmos a PEC 349 aqui, como estava combinado que votaríamos. Só espero que isso aconteça na semana que vem. Tenho certeza que colocando para ser votada, esta Casa há de votar”, disse Paim.
Segundo a coluna Poder Online, do portal IG, o senador Paulo Paim já teria sinalizado sua intenção de abrir mão de sua PEC, que tem sido utilizada como argumento para protelar a votação do tema no Senado.
“Na hora que iniciar a votação, se quiserem colocar a minha na frente da outra que já está pronta para ser aprovada, eu retiro a minha, porque não faz sentido. O que importa pra mim é a causa não quem trouxe a coisa. Defendo o fim do voto secreto em todas as situações do Congresso Nacional há 27 anos. Já perdi como deputado, eu já perdi como senador, agora, se tem uma PEC pronta, igual, não faz sentido atrasar isso ainda
Aníbal Diniz enfatizou que historicamente o Partido |
mais”, afirmou.
Em aparte ao discurso, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) elogiou a postura sensata e a coerência na conduta de Paim em relação ao tema. Ele também lembrou que historicamente o Partido dos Trabalhadores é favorável ao fim do voto secreto e que as dúvidas que alguns parlamentares ainda apresentam sobre uma possível responsabilização futura acerca de suas decisões, nada mais são do que consequências da função que exercem.
“Nós somos senadores da República, representamos uma unidade da Federação e temos responsabilidade com essa atribuição e temos responsabilidade com essa atribuição, não tem jeito. Se isso, no futuro, vai nos indispor com o ministro do Supremo porque houve um voto contrário ou favorável ao nome dele, paciência. É um preço que a gente tem que pagar” argumentou.
Rafael Noronha
Leia mais:
Voto aberto: PT acredita na rápida aprovação da matéria