Pinheiro: “Não dá para ficar apontando o que vamos cortar, mas onde é que vamos apostar”Em mais um duro discurso da tribuna, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) cobrou atitude do governo para fazer a economia andar e, ainda, assumir uma nova pauta que não seja a discussão sobre o ajuste. Na manhã desta quinta-feira (5), sugeriu que o governo se mova em direções que possam aliviar as contas, como a venda do patrimônio da União – o governo já está fazendo isso -, incluindo terrenos de Marinha – medida provisória sobre o tema será votada na semana que vem. “O governo também precisa querer ser ajudado, precisa se permitir a isso e a interagir. Chegou a hora de fazer. Não dá para ficar apontando o que vamos cortar, mas onde é que vamos apostar, onde o governo pode aportar para voltarmos a crescer e voltarmos a respirar”, disse ele.
Pinheiro estima que a arrecadação com a alienação (venda) desses imóveis ou terrenos equivale a uma CPMF – portanto, sem aumentar a carga tributária. “Outro ponto era promover uma modificação nessa estrutura (terrenos de Marinha) para permitir, inclusive, investimentos. Colocar uma espécie de cobrança para que aqueles terrenos regularizados, de Marinha ou da União, tivessem um prazo para apresentar um plano de investimento”, recomendou.
O senador disse que ao resolver o problema dos terrenos de Marinha haverá recuperação do investimento no mercado imobiliário, principalmente nas cidades que têm uma estrutura, como Florianópolis, Salvador ou Vitória. “Nossa expectativa é que na próxima terça a medida provisória seja votada. É uma matéria para resolver um problema do Brasil. É uma matéria para buscarmos alternativas. Isso é melhor do que ficar mandando projeto todo o dia para cá aumentando a carga tributária. Mas essa é uma matéria que tem que ser tocada pelo governo. Lá tem que funcionar, independente de como as coisas tramitam aqui”, cobrou.
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