Plenário

Precisamos debater a nossa jovem democracia, aponta Paim

Para o senador, é fundamental que o Senado encare com seriedade os problemas do País. “Não adianta faltar com a verdade para com o Brasil”
Precisamos debater a nossa jovem democracia, aponta Paim

Foto: Alessandro Dantas

O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), destacou nesta quarta-feira (22) a apresentação de requerimento para realização de uma sessão de debates no plenário do Senado acerca da situação atual da democracia brasileira.

A Constituição Brasileira tem 30 anos, lembra o senador, e até hoje ocorreram oito eleições diretas para Presidente da República, além das eleições regulares em níveis estaduais e municipais.

Para Paulo Paim, é necessário relembrar a importância da democracia e da harmonia entre os Poderes da República e o respeito à Constituição de 1988. “Quem ataca a Constituição não é patriota, não é brasileiro. É inimigo da Nação”, disse Paim, lembrando frase do presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães.

“Que a gente possa fazer um debate de altíssimo nível no plenário do Senado com representantes do Poder Executivo, do Judiciário e representantes da sociedade civil, cientistas políticos, ex-presidentes. Precisamos discutir o que está acontecendo com o Brasil”, disse.

Paim afirmou que o Brasil precisa, dentre outras coisas, debater com profundidade a escalada de desemprego no Brasil. No trimestre encerrado em março, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de desemprego no Brasil foi de 12,7%, atingindo 13,4 milhões de pessoas.

“Isso é gravíssimo. O Senado precisa se movimentar. Não adianta ficar num debate superficial enquanto algumas incursões do Executivo, um verdadeiro despropósito, que não ajuda em nada. Precisamos discutir, de fato, propostas que gerem emprego e solidifiquem a Seguridade Social”, salientou.

Para o senador, é fundamental que o Senado encare com seriedade os diversos problemas do País. “Não adianta faltar com a verdade para com o Brasil. Falar que é só fazer a reforma da Previdência que tudo se resolve. Não vai resolver nada”, disse o senador, lembrando de outras soluções fáceis apresentadas para os complexos problemas do País.

“Disseram que era só tirar a Dilma que tudo se resolvia. Não resolveu nada. Aprovara a emenda do teto de gastos. Não resolveu nada. Se fizer a reforma trabalhista. Não resolveu nada. O desemprego aumentou. O processo eleitoral ocorreu e não resolveu nada, piorou. Agora estamos nessa total insegurança. Precisamos dialogar com equilíbrio e bom senso. Se não, não vamos a lugar nenhum”, enfatizou.

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