Riqueza produzida pelo País cresce 0,1% em 2014 e atinge R$ 5,52 trilhões

Diante de um cenário econômico mundial que ainda enfrenta dificuldades, o desempenho da economia brasileira foi favorávelO resultado do Produto Interno Bruto (PIB) relativo a 2014, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a economia brasileira cresceu 0,1%. Na comparação do último trimestre do ano passado em relação ao terceiro, o crescimento foi de 0,3%, esvaziando a tese de alguns especialistas agourentos de que o Brasil estaria em recessão. Não, nada disso. Apesar de ser um crescimento modesto pode ser considerado favorável diante de um cenário econômico mundial de dificuldades. Pelos dados divulgados hoje, o conjunto de riquezas do País soma R$ 5,521 trilhões.

O setor da agropecuária, no ano, cresceu 0,4% e contribuiu com a formação de R$ 262,3 bilhões para o PIB. Vale notar que, no último trimestre do ano passado, o crescimento desse setor foi vigoroso: 1,8%, em relação aos demais setores.

O setor da indústria teve uma participação negativa no PIB de 1,2%, mas sua contribuição para a riqueza correspondeu a R$ 1,1 trilhão.  Já o setor de serviços o crescimento no ano foi de 0,7%, gerando a riqueza de R$ 3,35 trilhões. Esse setor que aumenta cada vez mais sua participação na economia apresentou crescimento de 0,3% no quarto trimestre do ano passado em relação ao terceiro trimestre.

De acordo com o IBGE, o bom desempenho do setor agropecuário foi resultado do crescimento da produção, como a soja (5,8%), enquanto na indústria o crescimento da atividade de extração mineral tenha avançado 8,7% no ano, influenciado pelo aumento na produção de petróleo e gás natural. O comércio, uma das atividades do setor de serviços, apresentou queda de 1,8%, mas outros serviços subiram, como de informação (4,6%), atividades imobiliárias (3,3%) e transporte, armazenagem e correios (2%). Administração, saúde e educação pública cresceram (0,5%) e serviços de intermediação financeira e seguros avançaram 0,4%.

A despesa de consumo das famílias teve um desempenho menor em 2014, de 0,9%, quando comparado ao crescimento de 2,9% em 2013. Vale notar, aqui, que a massa salarial dos trabalhadores manteve seu ritmo de crescimento em termos reais, ou seja, quando se desconta a inflação. Entre 2013 e 2014 a taxa de crescimento foi de 4,1%. Se a massa salarial dos trabalhadores significou mais dinheiro no bolso, do lado do crédito livre, o volume disponível ficou estável, indicando maior restrição dos bancos na hora de emprestar às pessoas físicas.

A taxa de investimento em 2014 ficou em 19,7% do PIB, menor do que os 20,5% apurados em 2013.

 

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