O senador Paulo Paim (PT-RS) denunciou a situação desesperado em que se encontra o polo naval da cidade de Rio Grande, localizado no Rio Grande do Sul e considerado um dos mais importantes do País.
Segundo Paim, somente a retirada de um casco pronto, que foi levado para a China, e o cancelamento de contrato de construção da Plataforma P-71 resultaram na demissão imediata de 3.500 trabalhadores somente no estaleiro da Engevix em dezembro do ano passado. O número representa 71% do quadro total de funcionários da empresa na cidade gaúcha.
“Essas demissões afetaram drasticamente a economia, principalmente da cidade de Rio Grande. Empresas terceirizadas e a mão de obra indireta, como ônibus, restaurantes e aluguéis, inúmeros postos de trabalho perdidos podem duplicar. Muitos estão indo embora, infelizmente, como eu digo sempre, não pagando os trabalhadores, e ainda estão aqui dizendo que querem votar agora, de forma acelerada, o projeto de terceirização”, critica o senador.
[blockquote align=”none” author=”Senador Paulo Paim”]”Estamos matando a indústria ligada à construção de plataformas no Brasil e internacionalizado todo o conhecimento adquirido em nosso País para o setor”[/blockquote]
Em 2013, lembra Paim, 20 mil trabalhadores do polo naval impulsionavam a indústria e o comércio da região. Hoje restam 600 trabalhadores. “Na era Lula, mais de 20 mil. O Lula esteve lá diversas vezes. Eu estive com ele inclusive lá. Hoje restaram 600 e estão desativando, cada dia mais, e mandando construir na China o que nós construíamos aqui. 600 trabalhadores seguiram atuando na manutenção da estrutura do estaleiro. Só na estrutura. Não estão produzindo praticamente nada mais. Gravíssimo”, denunciou.
A Petrobras, relatou Paim, havia contratado a Engevix para a construção de oito cascos de plataforma de petróleo, sendo que três foram entregues, dois foram deslocados para construção na China para serem concluídos e outros três tiveram os acordos cancelados pelo atual governo.
“A situação do Polo Naval do Rio Grande é de eminente desativação. Com isso estaremos matando a indústria ligada à construção de plataformas no Brasil e internacionalizado todo o conhecimento adquirido em nosso País para o setor”, finalizou.
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