Ângela critica processo comandado por um réu contra uma mulher inocente

Ângela critica processo comandado por um réu contra uma mulher inocente

Ângela: impeachment é ilegal e ilegítimoA senadora Ângela Portela (PT-RR) está indignada. Ela não se conforma com o fato de que uma pessoa que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) esteja presidindo um processo contra uma cidadã cuja história é íntegra, com uma vida inteira dedicada à democracia. “É muito preocupante a situação em que vive o nosso País, num quadro em que um Presidente da Câmara com esse histórico de envolvimento em corrupção comanda o impeachment de uma mulher séria, trabalhadora, democrática como Dilma Rousseff”, afirmou a senadora, em pronunciamento nesta sexta-feira (15). 

“O impeachment é ilegal e ilegítimo”, assegurou a senadora, lembrando que a presidenta não cometeu qualquer crime de responsabilidade, como alegam seus adversários. Ângela defendeu que impeachment não é, de modo algum, uma saída para a crise política. “Para isso, existe o diálogo”, observou. Ela acredita que, se o impeachment for aprovado, a crise política só se agravará. “Impeachment não é atalho para a conquista do poder. Não pode ser usado para atender a partidos e políticos que não conseguem chegar à Presidência da República pelo voto”, insistiu. 

A questão que se apresenta, de acordo com a senadora, é o objetivo desse processo. Porque, se o impeachment não resolve a crise política e não tem relação com a corrupção – já que o argumento para o processo é são as chamadas “pedaladas fiscais –, não há nada que o justifique além do jogo de poder de uma oposição impopular, conclui. 

Ela também destacou o trabalho do ministro da Advocacia Geral da União, Eduardo Cardozo, que apresentou uma defesa, segundo ela, brilhante e consistente. “Se os deputados observarem os argumentos utilizados, vão se convencer de que não existe motivo para afastar a presidenta Dilma da Presidência da República”, disse. 

No final de seu discurso, agradeceu à presidenta pela atenção e carinho com que tem tratado o estado de Roraima e chamou a população a continuar defendendo a democracia. 

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