Casos graves de dengue caem 44% e número de mortos é 20% menor

 

“A redução no número de casos graves
e óbitos mostram que estão corretas
as estratégias de integração de ações
no combate à dengue”

Apesar do aumento no número de casos de dengue em todo o País, houve retração na quantidade de casos graves e óbitos em razão da doença. A continuidade das ações para melhoria do atendimento a pacientes com dengue conseguiu reduzir em 44% os casos graves e em 20% as mortes pela doença nas primeiras sete semanas de 2013, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números constam do novo boletim epidemiológico da dengue, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Saúde.

De 1º de janeiro a 16 de fevereiro, foram confirmados 324 casos graves – contra 577 em 2012 – e 33 mortes – contra 41 no ano passado. Se comparado a 2010, o desempenho representa redução de 91% nos casos graves e de 77% para as mortes.

A tendência de queda nos casos graves e óbitos é resultado das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios, como organização da rede pública de atendimento, a melhoria da atenção básica, capacitação dos profissionais e reforço à vigilância em saúde. “A redução no número de casos graves e óbitos mostram que estão corretas as estratégias de integração de ações no combate à dengue”, afirmou o ministro durante a entrevista coletiva.

O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou que maioria das vítimas de óbitos por dengue é de pessoas que tem outras doenças associadas, como diabetes, cardiopatias, pneumopatias, entre outras. “Temos que redobrar a atenção, tanto nas ações de prevenção como também de atendimento às pessoas que adquirem a doença”, observou o secretário.   

A retração ocorre mesmo com a expansão da notificação total da doença. O boletim aponta 204.650 casos, contra 70.489 do mesmo período do ano passado. Segundo o estudo, oito estados – Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo – concentram 173.072 notificações, que equivalem a 84,6% do total

Do ponto de vista da incidência, que compara os casos de dengue com a população do estado, os maiores índices ficam com Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

“A situação destes oito estados deve servir de alerta aos demais para que não interrompam as ações de combate à doença. Vale ressaltar que o país está, apenas, começando o período de chuvas, que é o de maior transmissão, ou seja, a luta contra a dengue está no início”, afirmou o ministro.

O boletim confirmou que o DENV-4, um dos quatro sorotipos que circula no Brasil, corresponde a 52,6% das amostras analisadas. A gravidade e os sintomas (febre alta, dores no corpo e nas articulações, vômitos, manchas vermelhas no corpo, entre outros) são iguais para os quatro tipos de vírus.

Mais recursos 
Em 2012, o Ministério da Saúde repassou R$ 1,73 bilhão para custear as ações de vigilâncias dos estados e municípios, o que corresponde a uma alta de 29% em relação ao R$ 1,34 bilhão aportado em 2011.

Além deste montante, foram investidos R$ 173,3 milhões neste ano para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da dengue, por meio do piso de qualidade da vigilância. Esta verba pode ser usada para ações como compra de equipamentos e treinamento de pessoal.

O Ministério da Saúde também desenvolveu, em parceria com estados e municípios, outras ações como revisão e atualização dos planos de contingência e a manutenção de estoque estratégico de inseticidas e kits diagnóstico para atendimento rápido às demandas durante o maior período de incidência da doença.

Com informações do Ministério da Saúde

Foto: Agência Brasil

Veja o demonstrativo de mortos e casos graves por estado

Veja o número de notificações por estado

To top