Centrais farão jornada de lutas contra retirada de direitos pelos golpistas

Centrais farão jornada de lutas contra retirada de direitos pelos golpistas

Principais centrais sindicais do país se juntam para lutar contra a reforma da Previdência e contra a PEC 241, propostas do governo golpista de TemerAs centrais sindicais se unificaram na resistência e preparam dois dias de lutas e paralisações no próximo mês. Marcadas para os dias 11 e 25 de novembro, os trabalhadores se manifestarão contra a retirada de direitos promovida pelo governo golpista e usurpador de Michel Temer (PMDB).

As duas datas foram aprovadas em reunião na quarta-feira (19), com a presença de lideranças da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CSP Conlutas, CGTB e Intersindical. Segundo Vagner Freitas, presidente da CUT, os pontos a serem combatidos são a aprovação da PEC 241, a Reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a retirada de investimentos em saúde e educação.

“São (pautas) essenciais para os trabalhadores e se qualquer uma delas for retirada vamos organizar a greve geral para impedir que isso aconteça”, afirmou Freitas.

A partir dessas duas jornadas de lutas, as centrais construirão a greve geral. Também está prevista uma reunião com o setor de transportes, que pode aderir à paralisação nas duas datas marcadas.

Para Freitas, quem financiou o golpe precisa de algumas contrapartidas, e elas estão vinculadas a esta pauta de perda de direitos para os trabalhadores.

“O mercado financeiro tem interesse em trabalhar a Previdência como um ativo para ser vendido nos bancos para aqueles que podem comprar e não como um serviço público do estado para o cidadão”, explica ele.

Ainda não há uma proposta formal do governo golpista, mas o que se apresentou até agora foi a idade mínima da aposentadoria, a equiparação entre homem e mulher, e do trabalhador rural e urbano – sem considerar as desigualdades entre esses trabalhadores.

As centrais defendem outras medidas para recuperar a Previdência, como aumentar a formalização – e portanto a contribuição – e acabar com a rotatividade no trabalho.

Da mesma forma, segundo Vagner, a PEC 241 quer transformar serviços públicos e garantidos pela Constituição, como saúde e educação, em mercadorias. “A 241 é pior que a pior das reformas, porque, com a 241 aprovada, a reforma da Previdência é impositiva, só para adequar a legislação”, explica.

E saúde e educação, segundo o sindicalista, seriam os dois pontos principais, já que se o Estado não fornece esses serviços de qualidade e a população acaba tendo que pagar por eles. “E os setores que mais podem arrecadar para a iniciativa privada são saúde e educação… você não consegue ficar sem os dois. Ou você compra ou morre, ou joga seu filho, sua filha e você mesmo na lata do lixo no caso da educação”, afirma.

“É uma disputa de concepção de sociedade, o estado como indutor do desenvolvimento ou sem o estado e o mercado sendo condutor da economia”, conclui.

Agência PT de Notícias

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