Presidente do PT disse ainda esperar a mesma decisão da Corte para João Vaccari
Artigo na Folha diz que a PGR admitiu ter “provas tênues”. Defesa diz que a absolvição é pleiteada nas provas mais do que suficientes de sua inocência.
O fim de ano sem apagões aéreos, como ameaçava – e parecia torcer – parte da mídia, e agora o sucesso do leilão dos aeroportos internacionais governador Franco Montoro (Guarulhos), Viracopos (Campinas) e Presidente Juscelino Kubitschek (Brasília), demonstram a quantas andamos, a distância entre a realidade e o pesadelo que a imprensa e a oposição tentaram vender sobre as condições em que se encontram nossa logística e infraestrutura.
O ano de 2011 foi, na economia, de ajustes finos implementados pelo Brasil balizados pelo olhar no contexto internacional.
O ano de 2011 foi, na economia, de ajustes finos implementados pelo Brasil balizados pelo olhar no contexto internacional. Entramos 2011 com uma atividade econômica em franca expansão, enquanto o eixo EUA-Europa vivia dificuldades e nuvens negras no horizonte. As fortes pressões por políticas de juros mais altos ignoravam os sinais de que a inflação repicava, mas não estava fora de controle, e fizeram o Banco Central se preocupar em conter a demanda -em agosto, a Selic era de 12,25%, sobrepondo-se a medidas de forte restrição ao crédito. Mas o céu cinza virou tempestade na Europa.
O cenário de crise internacional, talvez a maior que o capitalismo já tenha enfrentado, e as dificuldades que se apresentam no horizonte brasileiro não impediram a agência de classificação de risco Standard & Poor”s (S&P) de conferir ao Brasil um atestado de estabilidade. A nota do risco que a economia brasileira apresenta foi melhorada, passando de BBB para BBB na dívida soberana de longo prazo e de BBB+ para A no risco de longo prazo. No curto prazo, as notas foram mantidas.
É incontestável que um dos principais desafios do Brasil seja reformar o sistema tributário e conseguir ampliar o nível de investimento para entre 22% e 25% do PIB. Já tratei desses temas neste espaço, mas os retomo depois que o jornal Folha de S.Paulo trouxe, em manchete (31/10), a afirmação de que só foram investidos 9% do aumento da arrecadação desde 1995. Trata-se de um debate interessante, notadamente, porque aborda o conceito do que é investimento. Mas também porque revela como temos usado os recursos arrecadados, que tipo de políticas têm sido priorizadas e o que tem feito o governo arrecadar mais.
Acostumado a não ser contrariado em suas campanhas pela alta dos juros, o mercado se surpreendeu e reagiu mal ao primeiro corte do ano na Selic realizado pelo Copom. Utilizando-se de fórmulas matemáticas “técnicas”, como se a economia fosse uma ciência exata e não social, alardearam que a inflação em alta, possivelmente com estouro da meta, recomendava um aumento da Selic, não sua redução. Entre essa reunião do Copom e a realizada na semana passada, que manteve a trajetória de cortes, o mercado mudou um pouco seu comportamento. É claro que tentou uma nova rodada de “pressão pré-Copom”, mas, em linhas gerais, diz-se que os agentes econômicos entenderam a sinalização do Banco Central e reajustaram suas expectativas para os próximos meses. Basicamente, o mercado tenta emplacar profecias autorrealizáveis, ou seja, ao sistematicamente difundir a ideia de alta de inflação e da necessidade de elevação dos juros, vai conformando as expectativas para algo próximo do que pretende.