Vacinação contra a gripe: meta é imunizar 80% do público-alvo

Ministério da Saúde distribuiu 31,1 milhões de doses da vacina e repassou R$ 24,7 milhões do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais

O Governo Federal deu início à 14ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe que tem o objetivo imunizar 80% do público-alvo de 30,1 milhões de pessoas, entre idosos, gestantes, crianças entre seis meses e dois anos de idade, profissionais de saúde e indígenas. O lançamento foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa.

Entre 5 e 25 de maio, 65 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) estarão preparados para imunizar a população. No próximo dia 5, acontecerá o Dia D de mobilização nacional, com postos funcionando das 8h às 17h.  Seu principal objetivo é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza nesta população.

A vacina protege contra os três principais vírus que circulam no hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1), como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a campanha, o Ministério da Saúde distribuiu 31,1 milhões de doses da vacina e repassou R$ 24,7 milhões do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais. Estes recursos serão usados para custear a infraestrutura das campanhas, a aquisição de seringas e agulhas, o deslocamento das equipes e o material informativo distribuído. Cerca de 240 mil profissionais do SUS estarão envolvidos na ação, que também contará com 27 mil veículos.

As que tomaram a vacina no ano passado devem tomar apenas uma dose neste ano. Já as que se vacinarão pela primeira vez precisam receber duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.

Das doses distribuídas neste ano, 96% foram produzidas no Brasil. “Isso é fruto da transferência de tecnologia e a capacitação dos nossos laboratórios públicos para que o Brasil seja cada vez mais soberano na produção das vacinas e ser tornar um pólo de exportação”, disse Padilha.

Ampliação do público-alvo

Em 2011, quando foram incluídos gestantes, crianças e indígenas no público-alvo, houve redução de 64,1% nas mortes por agravamento da gripe H1N1 – foram 53 óbitos, contra 148 no ano anterior. Já o número de casos graves notificados teve redução de 44% – de 9.383 para 5.230. A campanha imunizou 25,134 milhões de pessoas – 84,1% do público total de 29,918 milhões.

Segundo o ministro Padilha, “duas medidas – a ampliação do público-alvo da campanha e o maior acesso ao medicamento – possibilitaram a redução, cada vez maior, dos casos graves e dos óbitos pelo vírus da gripe”. No ano passado, o Ministério da Saúde estendeu a distribuição do antiviral oseltamivir a todas as pessoas de grupos vulneráveis que apresentam síndrome gripal.

Pela primeira vez, as cerca de 500 mil pessoas que estão cumprindo pena em presídios também estarão cobertas pela campanha. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário, executado em parceria entre os ministérios da Saúde e da Justiça.

Um de seus objetivos é garantir o direito à saúde dos presidiários, população que está mais vulnerável a doenças respiratórias e pulmonares, devido às condições de habitação e confinamento.

A escolha dos grupos a serem vacinados é definida com base em estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Com informações do Ministério da Saúde

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