De quatro em quatro anos os cidadãos e cidadãs do Brasil tem o poder de mudar os destinos da Nação com o seu voto. O sufrágio é um dos principais instrumentos utilizados para eleições de representantes políticos. E neste ano, além do próximo presidente da República, os brasileiros também escolherão seus governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais – no caso da capital do país.
Desde a Constituição de 1988 que o sufrágio universal foi instituído para a escolha dos ocupantes dos cargos mencionados anteriormente. O sufrágio universal significa que todo o cidadão dentro das normas legais tem direito ao voto.
Tal configuração de participação política foi uma vitória no sentido de ampliação dos critérios da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante através do voto.
Em 2022, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o país tem um número recorde de eleitores aptos a votar no dia 02 de outubro. Conforme o Tribunal, em relação à eleição do ano de 2018, são 9,1 milhões a mais de eleitores, um crescimento de mais de 6%. São 156 milhões de eleitores com o poder de decidir os próximos passos do nosso país. Esse aumento, sem dúvida, demonstra toda a força da democracia brasileira e do processo eleitoral.
Além disso, o Brasil tem dois milhões de jovens de dezesseis e dezessete anos, que não são obrigados a votar, mas que estão aptos a ir às urnas. Para isso, eles tiraram o título de eleitor. O voto aos 16 é um dos direitos obtidos pelos jovens na Constituição de 1988. Já o voto facultativo, acima dos 70 anos, tem quase 14 milhões de pessoas aptas a exercê-lo.
“Temos o voto. Ele é um poderoso instrumento de mudanças e de transformações. O voto é exercício da cidadania. É direito, é democracia. É a fronteira entre o presente indigno ao qual o país é submetido e o futuro de largos horizontes de perspectiva social e econômica, de bem-estar e de bem-viver. Vamos fazer a história acontecer”, conclama o senador Paulo Paim (PT-RS).
O senador Fabiano Contarato (PT-ES), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), também destacou a importância do voto para a construção do país e pediu a atenção dos brasileiros e das brasileiras antes de depositar a sua confiança em determinada proposta apresenta.
“O voto livre, universal e secreto é o poder mais valioso que todo cidadão brasileiro tem para exercer seu direito de definir, em eleições livres e regulares, quem comanda nossa democracia e governa nosso país, nossos estados e nossos municípios. É o voto depositado na urna que elegerá parlamentares e gestores públicos que definirão quanto será investido na saúde, nas escolas, na segurança, na ciência, por exemplo. Pesquise, informe-se, exerça seu direito de mudar a realidade de forma efetiva e consciente”, pediu o senador.
Para além dos números, os cidadãos devem se atentar às propostas que surgem por parte das candidaturas e se elas correspondem aos anseios do conjunto da sociedade. E essa preocupação deve estar atrelada a todos os votos dados, tanto para o Executivo (presidente e governadores), quanto para o Legislativo (deputados e senadores).
“Esta é uma das eleições mais importantes da história do país. Estão tentando entregar o nosso patrimônio e destruir todos os direitos trabalhistas. É preciso garantir votos para deputados e senadores comprometidos com os direitos do povo, em defesa de uma política econômica que garanta espaço para os mais vulneráveis e políticas de desenvolvimento que estejam em sintonia com a defesa do meio ambiente. Precisamos de todos e todas divulgando essas candidaturas para termos um Congresso que pense mais na maioria da população do que apenas em empresários”, alertou o senador Paulo Rocha (PA), líder da bancada do PT.
O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da CDH, pontuou o pleito do próximo domingo como “uma marca muito especial” para o Brasil. “Não só pelo voto em Lula como o presidente que vai encerrar essa triste página na nossa história chamada Bolsonaro, como pela necessidade de assegurar um Congresso comprometido com essas mudanças”, disse o senador.
“Sem deputados e senadores que defendam as pautas do Brasil, que estejam compromissados com o meio ambiente, com a democracia, com a geração de emprego e renda, com o fim da fome e da miséria, contra a violência, Lula não vai conseguir avançar como precisamos. Então, é imprescindível que a gente eleja 513 deputados federais e 27 senadores com a cara das mudanças de que o Brasil precisa. Sem isso, será muito difícil encerrar esse ciclo de atraso e de retrocesso em que entramos com a chegada de Bolsonaro. Então, para mudar tudo isso, vamos nos unir pela formação de um novo e positivo Congresso”, completou Humberto.