economia

Criação de empregos depende da redução dos juros

Mantendo-se a taxa como está, avaliam especialistas e parlamentares do PT, ficam inibidas a tomada de crédito de pessoas físicas e pequenas e médias empresas
Criação de empregos depende da redução dos juros

Foto: Reprodução

Em 2022, a maioria do povo brasileiro escolheu, pelo voto, um projeto comprometido com a economia popular e a geração de empregos, a erradicação da fome, o aumento do salário mínimo acima da inflação e a oferta de escolas de qualidade às nossas crianças. Para esse projeto vencedor nas urnas virar realidade, no entanto, é preciso fazer o país crescer, com investimentos públicos e a execução urgente de políticas sociais. Mas a vontade do eleitor encontra um entrave: a taxa de juros, atualmente, no elevado patamar de 13,75%, uma decisão que põe em risco as chances retomar o desenvolvimento por uma paralisia econômica.

Diante do debate aberto pelo presidente Lula sobre a necessidade de o país reduzir a taxa de juros para que o governo possa investir e estimular a economia pelo consumo sustentável das famílias, economistas têm reforçado a tese de que a atual taxa da Selic, estabelecida pelo Banco Central na última semana, não é sustentável social e economicamente. E mais: ela não é eficaz no combate à inflação.

Mantendo-se a taxa como está, avaliam especialistas e parlamentares do PT, ficam inibidas a tomada de crédito de pessoas físicas e pequenas e médias empresas – que irão reduzir suas contratações -, a execução de políticas públicas como o Bolsa Família, a construção de escolas, hospitais e rodovias, e outras obras estratégicas de infraestrutura.

“O Brasil precisa retomar um processo de geração de emprego e principalmente de garantir renda ao trabalhador e a trabalhadora”, afirmou o líder da bancada do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR). “Para isso, vamos ter que conduzir medidas na área econômica que contemplem o trabalhador e a trabalhadora, o setor produtivo”, explicou Dirceu.

“Pasmem!”, exclamou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), na tribuna da Câmara, nesta terça-feira (7). “A avaliação do Boletim Focus, que reúne muitas instituições do mercado financeiro, é de um crescimento de 0,79%. O nome disso é estagnação econômica”, alertou Lindbergh, antes de lembrar o país os motivos pelos quais Lula foi eleito presidente.

“O compromisso do Lula na campanha foi com geração de empregos, retomada das obras paradas, esse é o nosso norte”, argumentou o petista. “Não podemos aceitar que um presidente do Banco Central freie a economia do país”, advertiu.

Lindbergh protocolou na Câmara um requerimento para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explique a atual política monetária da instituição e o erro contábil no fluxo cambial apresentado pelo BC no ano de 2022.

Confira a íntegra da matéria

To top