Com ampla aprovação dos deputados e senadores que integram a CPMI, o presidente da Comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator Odair Cunha (PT-MG) demostram que condução dos trabalhos será segura, garantindo ampla participação partidária. Após quase cinco horas, apenas três parlamentares – Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) – votaram contra o texto final do Plano de Trabalho.
O texto aprovado por 90% dos parlamentares que integram a CPMI – leia a íntegra, a partir do link abaixo – foi detalhadamente debatido, com inúmeras alterações e acréscimos acatados pelo relator, sem provocar mudanças essenciais no documento que vai nortear as investigações.
O alvo central da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito é longo e detalhado:
“investigar, no prazo de 180 dias, práticas criminosas desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, com envolvimento do Senhor Carlos Augusto Ramos, conhecido vulgarmente como Carlinhos Cachoeira, e agentes públicos e privados, sem prejuízo da investigação de fatos que se ligam ao objeto principal, dentre estes a existência de um esquema de interceptações e monitoramento de comunicações telefônicas e telemáticas ao arrepio do princípio de reserva de jurisdição”.
O longo enunciado do objeto principal definido pelo relator é resumido em seguida:
“o foco principal é o de averiguar como a organização criminosa por ele (Cachoeira) controlada conseguiu infiltrar-se em estruturas estatais, e quais os agentes públicos e privados que com ele colaboravam”.
O Plano de Trabalho é um dos principais documentos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, porque nele também são definidos os limites da investigação, e a linha mestra que os trabalhos deverão seguir, para fazer parte do relatório final a ser escrito pelo deputado Odair Cunha. Sua leitura é imprescindível para se compreender todo o processo a ser desenvolvido.
Íntegra: Plano de Trabalho CPMI da Rede Criminosa de Carlos Cachoeira
